Hackeando o sistema

#Debate – Resenha do debate sobre o curta-metragem Peixe

Por Sarah Cafiero

Quantos filmes com protagonistas lésbicas você assistiu nos últimos meses? Se não foi algo que você procurou, dificilmente mais de um, correto? O debate sobre o curta-metragem Peixe coloca em pauta a falta de representatividade lésbica. A conversa é composta apenas por convidadas mulheres: a diretora e roteirista Yasmin Guimarães, a atriz principal Andréa Cópio (que também é cantora, DJ e designer) e as cineastas Carla Villa-Lobos e Karen Suzane.

O tema inicialmente debatido é justamente a representatividade. Entre as razões para fazer o filme, Yasmin fala da necessidade de contar as histórias que gostaria de ver na tela. Baseada nas próprias vivências, que não se encaixam no superrepresentado romance heterossexual monogâmico, a diretora narra uma história sensível, que faz o caminho oposto ao clássico LGBT com final trágico: o filme começa com uma situação tensa e termina num momento leve, descontraído e irreverente.

Outro tema relevante foi o cinema de guerrilha. Como fazer filmes com pouco dinheiro? Peixe foi realizado como um Trabalho de Conclusão de Curso e teve um custo muito abaixo do mercado. No debate, as realizadoras falam sobre essa forma de fazer cinema: a necessidade de se abrir caminhos para que seja possível fazer filmes com um orçamento justo.

Toda a produção é baseada na troca, tanto de favores, quanto de experiência. A falta de dinheiro faz com que sejam necessárias soluções criativas da pré-produção à distribuição. Nas palavras da Karen, é necessário “hackear” o sistema. Assistindo ao debate, nesta mesma página, abaixo, você pode ouvi-la discorrer sobre as suas formas de fazer isso. O Peixe, naturalmente, está aqui, na Cardume, seu portal de filmes online, disponível para você que é assinante. Não deixe de assistir!

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