Astrologia e Cinema: o signo de Escorpião

Escorpião é o oitavo signo do zodíaco. É um signo de água e está relacionado à capacidade de sentir de maneira intensa. Ele está associado ao inconsciente, à psiquê, ao dinheiro, sexo e desejo. Escorpião é a nossa capacidade de nos transformar. É a fênix. É a morte e o nascimento. É um signo regido por Plutão e co-regido por Marte. A casa que se relaciona com esse signo é a Casa 8 do mapa natal, que indica onde estão nossas sombras, conflitos e a maneira como expressamos nossa energia sexual. Tudo o que se transforma, se transforma em Escorpião. 

No dia 19 deste mês, o Sol em Escorpião se opõe à Lua em Touro, seu signo oposto, trazendo uma dualidade entre os dois signos. Um quer mudar e o outro quer permanecer. Essa rivalidade desperta em cada um o questionamento sobre mudar algo em nós mesmos. 

Pensando no cinema, grande parte dos filmes conta a história de mudanças e transformações que os personagens passam, resultando na evolução tanto da narrativa quanto pessoal. Esse é o arco dramático de uma história. Tudo isso se baseia na maneira como nos comportamos no dia a dia. Pessoas e situações nos afetam e atravessam nossas histórias pessoais, resultando em transformações importantes dos nossos caminhos. Nesse sentido, podemos entender que o signo de Escorpião indica o processo de alteração de rota, a mudança que sofremos ao longo da vida ou de um período. 

Essa lua cheia, que também acontecerá com um eclipse, resultará no entendimento individual sobre a necessidade de mudar, transformar ou permanecer e não alterar. 

Para ilustrar esse signo que o Sol ilumina nesse mês, trouxe três filmes disponíveis na plataforma Cardume Curtas, que dialogam com a capacidade de transformação, regeneração e lida com as nossas feridas internas.

1) Ingrid

O filme dirigido por Maick Hannder conta a história da transexual Ingrid Leão, que fala de suas memórias sobre a infância e adolescência. Ingrid é uma personagem cativante e magnetizadora, daquelas personagens que gostaríamos de passar horas ouvindo falar sobre sua vida. O curta-metragem, filmado em preto e branco e que conta com uma fotografia belíssima do próprio diretor, nos mostra como Ingrid pensa sobre sua própria imagem. 

2) Verde Limão

Verde Limão é o segundo filme dirigido pelo realizador pernambucano Henrique Arruda e que conta a história de uma veterana drag queen, prestes a entrar no palco pela última vez, revisitando suas cicatrizes. O filme se preocupa em falar sobre a terceira idade da vida de uma pessoa LGBTQIA+, algo que raramente é visto ou abordado, demonstrado a fragilidade dos corpos marginalizados e que lutam para sobreviver.

3) Estado Itinerante

Vivi, uma cobradora de ônibus, quer escapar de uma relação opressora. Entre as paradas no ponto final, os encontros com outras mulheres fortalecem a trabalhadora e seu desejo de fuga. Estado Itinerante, filme dirigido por Ana Carolina Soares é mais um exemplo de transformação na vida de um personagem. O roteiro da própria diretora é eficiente em desenvolver uma personagem que não sabemos muitas informações sobre sua vida, mas que certamente está passando por um processo intenso de transformação e desapego com o passado, buscando alterar o estado em que se encontra no começo do filme.

Os filmes estão disponíveis na plataforma Cardume e são altamente recomendados para serem assistidos juntos. 

Boa sessão!

Michel Ramos

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