#Debate – Resenha do debate sobre os filmes Corneteiro Não Se Mata e Até 10
Por Sarah Cafiero
Qual a diferença entre fazer cinema hoje e fazer cinema 10 anos atrás? Com certeza a praticidade de certos processos aumentou desde então… O debate da vez, a respeito dos filmes Corneteiro Não Se Mata (2011) e Até 10 (2019), nos faz confrontar com essa questão.
Apesar da distância temporal entre as produções, elas carregam elementos comuns: são dois filmes extremamente sensoriais e psicológicos, com um trabalho de som riquíssimo. Toda a emoção das personagens é transmitida através de enquadramentos, iluminação, do som e principalmente da atuação, sem a necessidade de muitos diálogos.
Corneteiro Não Se Mata, dirigido por Pablo Müller, narra o desespero de um soldado músico durante uma guerra. Participam do debate, além do diretor, o produtor Beto Picasso, a diretora de arte, figurinista e produtora Adriana Borba e o ator principal Felipe de Paula. Relembrando as gravações em 2011, os realizadores comentam os desafios enfrentados pela produção. O filme foi rodado em uma locação afastada da cidade e dirigido à distância, de forma que a equipe teve que lidar com todas as limitações de comunicação impostas também pela tecnologia da época.
Já o Até 10, de Gabriel Coêlho, é um filme universitário de 2019, e, naturalmente, traz em sua forma de produção, a renovação nos modos de fazer cinema. Acompanhado dos atores principais Carlos Lira e Rose Quirino, Gabriel comenta como foi essencial a combinação entre a inovação e a experiência na composição da equipe.
O contraste de épocas e formas de fazer cinema rendeu ainda diversos temas, como as gravações em película e as novas janelas e formatos que se popularizam, através da internet. Assista aqui mesmo nesta página ao debate e não se esqueça de conferir os filmes, disponíveis para assinantes da Cardume!