RESENHAS
Uma última visita a um pai distante. Todos os filhos, quase todos os netos. Um registro do encontro das gerações que não sabem bem o que foi a convivência paterna. Nem os filhos, nem os pais, nem os netos. Um domingo que se fez de despedida, embora ainda ninguém soubesse. “Eu não vou ao enterro de painho” é um curta-metragem documental que mostra o conflito de um filho pensando sobre remorsos, saudades e medos.
Belo Horizonte. Encontro de corpos que compartilham, cada um à sua maneira, anseios, histórias, afetos, medos e existências, tudo isso com a cidade de pano de fundo. Jovens atravessados por diferentes experiências sociais, ocupando a cidade e criando suas próprias narrativas de vida.
Ani e seus dois filhos, Lucas e Clara, levam uma vida comum na Zona Sul de São Paulo, mas o comum e o extraordinário, o cotidiano e a poesia, se fundem nesse ensaio sobre o olhar que convida a um mergulho em águas profundas e fluidas, num só fôlego.
Num dos tradicionais almoços na casa da Vó Clarissa, Joana assiste, em choque, seu primo Joaquim soltar a pergunta que dá título ao filme. Para evitar encarar a questão e suas repercussões, ela se desliga daquele momento e passa a revisitar suas memórias de infância naquela casa. Este passeio pelo passado desperta Joana para a possibilidade de compartilhar mais com sua avó do que havia imaginado.
Luis trabalha como atendente em um centro de assistência à vida, atendendo telefonemas de pessoas com depressão, solidão e que pensam em suicídio. Por mais que ele passe todos os dias de sua vida ajudando os outros, ele mesmo vive sozinho em sua pequena e triste casa aos sons das brigas dos vizinhos, sirenes policiais e sons urbanos de uma cidade grande. Mas isso, claro, até ele conhecer Helena.
Através de imagens de arquivo pessoal e reflexões sobre as ambivalências que às vezes se imprimem em relações cheias de amor, "à beira do planeta mainha soprou a gente" apresenta recortes de afeto entre duas sapatonas e suas mães.